Deparei-me com essa historinha, “Ensino de Matemática através dos tempos: piadinha ou cruel realidade”, em minha linha
do tempo do Facebook e a achei muito interessante para compartilhar. Acredito
que, para nós professores de Matemática, essa historinha faz sentido. Vivemos
em um tempo em que o elemento “social” se impregnou intensamente nas escolas,
colocando a aprendizagem, que deveria ser a função primordial da escola, em
segundo plano. Diante disso, recomenda-se aos professores serem menos exigentes
com seus alunos, pois “ele é pobre”, “a família não lhe dá atenção”, “o pai é
traficante”.
Enfim, são diversos os discursos
para tentar justificar uma exigência menor à aprendizagem do aluno. Antonio
Nóvoa, em seu livro “Professores: imagens do futuro presente”, afirma que “nas
sociedades do conhecimento, mais ainda do que nas sociedades industriais, o
pior que podemos fazer às crianças, sobretudo às crianças dos meios mais
pobres, é deixá-las sair da escola sem uma verdadeira aprendizagem” (2009, p.
24). Assim, sem uma verdadeira aprendizagem, percebemos pessoas despreparadas
para resolver problemas, como foi o caso da balconista da historinha. Aliás, pessoas
despreparadas para a vida, pois foram formadas por uma escola que não lhes
mostrou a vida como ela é.